quinta-feira, 25 de agosto de 2011

AGORA VAI DAR CERTO!

Queridos alunos abençoados!

Quando forem postar o cometário no blog, não selecionem a conta GOOGLE, entrem Nome/URL, e coloquem o nome de vcs, não precisa peencher o campo URL, só o nome basta.

sábado, 20 de agosto de 2011

3º ANO - ETANOL ESTÁ LONGE DE SER SUSTENTÁVEL

Condições degradantes de trabalho, expropriações, monopólios e devastação ambiental. Tudo isso derruba o mito da energia limpa do agrocombustível

 por Lúcia Cavalieri

A substituição dos derivados de petróleo pelos chamados agrocombustíveis — elaborados a partir da biomassa vegetal — pode parecer a solução para a crise dos fósseis no mundo. Mas do jeito que vem sendo executada vai causar uma série de problemas nos países pobres que apresentam as condições para a produção da biomassa. A produção do etanol brasileiro camufla atividades e relações que não são nada sustentáveis do ponto de vista social. Sem contar a queima indiscriminada da cana-de-açúcar, processo conhecido como devastador ambiental.
 
Há dezenas de pontos críticos na produção dos combustíveis ditos “ecologicamente e politicamente corretos”. Centenas de milhões de hectares de terras férteis têm sido e serão destinados à produção da biomassa, milhões de produtores rurais do campo são expulsos de suas terras de origem, a poluição da água e do meio, os problemas de saúde com a chuva de fuligem resultante da queimada da palha de cana, a diminuição da diversidade social e biológica por conta do cultivo da cana, a potencial contaminação dos ecossistemas vizinhos por organismos geneticamente modificados, as condições de trabalho degradante dos camponeses, proletários, migrantes e sub-proletariados que trabalham na produção da biomassa.

O agronegócio da cana ocupa o primeiro lugar no ranking de libertações de trabalhadores escravizados no país. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a CPT, somente em 2008 cerca de 2,5 mil trabalhadores deixaram uma condição análoga à escravidão nas lavouras. O índice corresponde a 49% do total dos 5,2 mil trabalhadores libertos no país. O agrocombustível sustenta ainda outro índice alarmante: entre 2005 e 2006 foram 20 trabalhadores mortos, possivelmente por exaustão, durante o corte da cana. Hoje o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e o segundo maior exportador de etanol. Produzimos cerca de 30% do total de cana-de-açúcar mundial e 18% do total de açúcar. Mas os números sozinhos não demonstram as condições de produção e seus reflexos políticos, econômicos e ambientais.
Na produção brasileira de álcool, a lógica de expansão do capital casou com a lógica territorial do Estado numa união abençoada pelos latifundiários e pelo mercado internacional das commodities. O casamento, bem como a simpatia pela produção dos “bio” combustíveis, não são indispensáveis, mas com eles, o risco do setor diminui. Como alternativa à queima dos combustíveis fósseis, a produção dos agrocombustíveis mostra toda a sanha da produção do capital que expropria os camponeses, monopoliza o território, territorializa-se, impulsiona migrações e polui em vários lugares do mundo.

Enquanto o agronegócio discute uma agenda para transformar o etanol em commodity, o projeto político e econômico centrado na exportação de produtos produzidos na lógica do capital parece que continuará monopolizando território. Contrapondo-se às análises de muitos economistas e da mídia, os movimentos sociais, alguns setores da academia e diversos ambientalistas organizam-se para descortinar ao mundo a violência dessa produção. E questionam a continuidade de um projeto centrado na produção de combustível para abastecer o mercado de automóveis que se pauta no uso individual.

A atual demanda por força de trabalho do setor faz com que milhares de trabalhadores partam todos os anos para São Paulo, muitos deles vindos do Vale do Jequitinhonha (MG). Essa migração, especificamente para o setor sucroalcooleiro, tem provocado mudanças significativas no modo de vida de milhares de famílias que contam com as remessas provindas do trabalho executado pelos homens, que buscam sobreviver sem a presença do chefe de família, marido e pai. Mais um custo que devemos colocar na conta do mito da energia limpa.

DÊ SUA OPINIÃO, VOCÊ CONCORDA OU DISCORDA DA Dra LÚCIA CAVALIERI? JUSTIFIQUE.

Lúcia Cavalieri é doutora em Geografia pela USP
Bibliografia: Revista Galileu, nº 2401. Editora Globo. Julho de 2011.

2º ANO - SOLUÇÕES SUPERSATURADAS

Solução que contém uma quantidade de soluto superior a solubilidade a uma dada temperatura. Em geral pode-se obter soluções supersaturadas aquecendo uma solução saturada que tenha parte do soluto não dissolvido. O aquecimento deve ser realizado até que todo o soluto presente se dissolva.


Um resfriamento lento, com a solução em repouso, até a temperatura inicial, pode permitir a obtenção da solução supersaturada, desde que o soluto não tenha cristalizado. A solução supersaturada é instável, e a mínima perturbação do sistema faz com que o excesso de soluto dissolvido precipite, tornando-se uma solução saturada com presença de corpo de fundo.


Vocês conhecem produtos de uso cotidiano que são preparados com aquecimento e formam uma solução supersaturada? Pesquise um e faça um breve comentário de como são preparados.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

2º ANO- CORREÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE REVISÃO - DILUIÇÃO E MISTURA DE SOLUÇÕES


EXERCÍCIOS DEQUÍMICA
2º ANO

1) 450mL de uma solução de NaOH 0,5mol/L foram adicionados a 150mL de uma mesma solução de  0,25mol/L. A solução resultante contém concentração igual a:
R=0,44 mol/L


SOLUÇÃO 1     
450ML = 0,45L 
0,5 mol/L

SOLUÇÃO 2
150ML = 0,15L
0,25 mol/L





0,5mol  de NaOH ------1L      0,25 mol de NaOH -------1L
             x--------------0,45L        x------------------0,15L
x= 0,225 mol de NaOH           x= 0,0375mol de NaOH


0,225 mol + 0,0375mol= 0,2625 mol
0,45L + 0,15L = 0,60L

0,2625mol de NaOH ----------0,60L
               x--------------------------1L
x= 0,44mol/L (aproximadamente)


2) Na preparação de 500mL de uma solução aquosa de H2SO4 de concentração 3 mol/L, a partir de uma solução de concentração 15mol/L do ácido, deve-se diluir o seguinte volume da solução concentrada:
a) 10 mL
b) 100 mL
c) 150 mL
d) 300 mL
e) 450 mL


C1V1=C2V2
15 . V1= 3 . 500
V1= 10ml





3) Que volume de HCl concentrado (16 mol/L) é necessário para preparar 2,0L de HCl 0,20mol/L?
R= 0,025 L


C1V1=V2V2
16 . V1= 0,2 . 2
V1= 0,025L








4) 300 mililitros de solução contendo 0,01mol/L de sulfato cúprico são cuidadosamente aquecidos até que o volume da solução fique reduzido a 200 mililitros. A solução final, tem concentração, em mol/L, igual a
a) 0,005
b) 0,010
c) 0,015
d) 0,016
e) 0,018



C1V1 = C2V2
0,01 . 0,3 = C2 . 0,2
C2= 0,015L



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

3º ANO - A QUÍMICA DOS FÁRMACOS

Muitos pesquisadores sintetizam substâncias com provável atividade biológica. Às vezes, partem de uma substância de atividade conhecida, e preparam derivados sintéticos para testar suas atividades. O conhecimento da relação entre estrutura química e atividade biológica é um dos objetos de estudo da área de química medicinal. Inicialmente, os químicos limitavam-se a isolar determinadas substâncias naturais, a partir do extrato bruto de plantas com eficácia já conhecida. Mais recentemente, a química de síntese orgânica foi introduzida nesta área e os químicos passaram a não somente criar análogos sintéticos e derivados, mas também a "criar" substâncias totalmente inéditas, que vieram a se tornar fármacos. Hoje, a preparação de um fármaco leva anos de pesquisa; diversos conceitos químicos passam a ter importância fundamental, tais como estereoquímica, isomeria, síntese orgânica, polaridade de moléculas, forças intermoleculares, entre outros.

E, em geral, substâncias diferentes com estruturas químicas semelhantes possuem atividade biológica também similar. Um exemplo é o caso da cocaína. Esta substância é um alcalóide extraído de uma planta nativa daqui da América do Sul. Na medicina, foi um dos primeiros anestésicos locais, isto é, uma substância capaz de produzir analgesia no local onde é aplicada. Embora fosse muito eficaz, existiam sérios problemas: a cocaína produz euforia, bem-estar excessivo, sensações de poder, dependência física e psicológica.

Hoje já existem no mercado, vários precursores sintéticos da cocaína, utilizados como analgésicos com os efeitos adversos. Em 1905, foi preparada o procaína. Esta substância é utilizada até hoje: como é rapidamente absorvida pelo corpo, é, em geral, aplicada juntamente com um vaso constrictor, para manter o anestésico no local da aplicação o maior tempo possível. Em 1948, outro anestésico foi patenteado nos EUA: a lidocaína, vendida como xilocaína. Além de ser muito mais forte do que a procaína, não necessita de vasoconstrictor. Tanto a lidocaína, procaína e a cocaína possuem efeitos anestésicos semelhantes.
Um dos aspectos químicos utilizados para produzir nos fármacos é a quiralidade.
Fármacos quirais (que apresentam isomeria óptica) têm em sua estrutura um ou mais átomos com orientação tridimensional muito bem definida. A modificação dessa orientação pode levar á diminuição do efeito biológico, à sua total supressão ou ao aparecimento de um efeito biológico adverso.
Convém deixar claro que a quiralidade não é condição para que uma substância apresente efeito farmacológico, entretanto se a estrutura tiver um centro quiral é importante saber qual a orientação espacial responsável pela atividade.
No mercado mundial existem vários fármacos que já são vendidos nas farmácias em suas formas opticamente puras, ou seja, sem a mistura com o outro isômero que não tem atividade biológica.
A venda de fármacos na forma de mistura racêmica ainda ocorre. Entretanto, é necessário saber qual é o estereoisômero responsável pela atividade biológica adversa e ter absoluta certeza que o estereoisômero inativo, presente na mistura, não tem nenhuma atividade biológica adversa.
A TALIDOMIDA foi um medicamento que deu o que falar pelo efeito do seu estereoisômero. Pesquise sobre esse medicamento e quais são foram os desastres deixados e por quê?

 REFERÊNCIAS
 COELHO,Fernando A.S. Cadernos Temáticos de Química na Nova Escola, 2001. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/03/quiral.pdf> . Acesso em: 09 de junho de 2009.

Revista eletrônica do Departamento de Química – UFSC. Disponível em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/quimica_medicinal.html>. Acesso em: 09 de junho de2009.
                                
LIMA, Vera Lucia Eifler. Química Nova, 1996.  Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000600015&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 17 de junho 2008.

KATZUNG, Bertrand G.Farmacologia Básica e Clínica. 8ª. Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 2003.

GOODMAN & GILMAN, As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 9ª Edição. 1996.

Prazer, 114 e 116


Dois novos elementos químicos são admitidos na Tabela Periódica

por Felipe Pontes
Ainda sem nome, os elementos de número 114 e 116 tiveram sua entrada na Tabela Periódica aprovada por uma comissão conjunta dos órgãos que ditam as regras da Química e da Física. Sim, existe uma comissão dedicada ao assunto, já que os pedidos de inclusão são constantes. Esgotados os elementos encontrados na natureza, 21 já foram criados em laboratório — caso dos novos integrantes. 

O 114 e o 116 surgiram do trabalho de químicos russos e americanos que misturaram átomos de cálcio e plutônio (para o 114) e cálcio e cúrio (para o 116), gerando átomos mais pesados do que os originais. Os elementos, que existiram somente por uma fração de segundo em laboratório, levaram 5 anos para serem reconhecidos pela comissão. Agora é preciso avaliar as sugestões de nomes: a proposta para o 114 é flerovium, homenagem ao físico soviético Georgy Flerov; para o 116 o lobby é por moscovium, já que o elemento foi descoberto na região de Moscou, na Rússia. Que vença o mais fácil de decorar. 
                                                        revista galileu, AGOSTO DE 2011 - NÚMERO 241